Médico que agrediu grávida
durante o parto é afastado do cargo
O médico flagrado agredindo uma mulher gestante durante o
trabalho de parto no Amazonas foi afastado da empresa em que
prestava serviços. A.A. trabalhava como
médico cooperado no Instituto de Ginecologia e Obstetrícia
do Amazonas (Igoam), parceiro da Secretaria de Saúde do
Amazonas (Susam), responsável pelos atendimentos
ginecológicos e de obstetrícia nas maternidades públicas do
estado.
O caso ocorreu em maio de 2018 no Hospital Balbinha
Mestrinho, em Manaus, mas as imagens só começaram a circular
apenas nesta semana nas redes sociais. No vídeo, é possível
ver quando o profissional de saúde fala para a vítima, de 16
anos, ficar mais próxima dele, ela tenta descer na maca, mas
reclama de caibrã na perna direita. Uma enfermeira se
aproxima para fazer uma massagem e a sogra da parturiente,
que a acompanhava no momento do parto, diz que a nora não
tem condições de ter um parto normal. Chorando, ela pede que
seja feita uma cesariana.
Com a negativa do médico, a sogra diz que "vai chamar a
imprensa". "Pode chamar. É bom que eles vão ver que ela não
ajuda", responde o médico. Irritado com a situação, A.A.
se exalta e bate com as duas mãos na virilha da paciente,
que começa a chorar.
VÍDEO:
Médico sob outras suspeitas
A.A. foi preso em 2015 durante a
Operação Jaleco Branco, da Polícia Civil do Amazonas, sob
suspeita de integrar uma quadrilha que extorquia mulheres
para fazer partos e outros procedimentos em hospitais
públicos de Manaus. Ele chegou a ser condenado a dois anos
de prisão, mas teve a pena convertida em prestação de
serviço à comunidade, segundo o Ministério Público do
Estado do Amazonas e continuou solto.
Sobre esse episódio, o Igoam afirmou que após a prisão de
A., em 2015, ele "foi afastado imediatamente e só foi
reconduzido ao exercício dos plantões médicos em
cumprimento a determinação judicial, assinada pela juíza
Ida Maria Costa de Andrade, ao deferimento do pedido
liminar do mesmo, mediante processo".
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Creman)
informou, em nota, que a denúncia contra o médico está
sendo apurada. A Polícia Civil do Estado do Amazonas
também investiga o caso.
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Fonte: Estado de Minas
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