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06/02/2023
Plantio
consorciado de café e soja traz bons
resultados em Elói Mendes
tpower.com.br

O produtor Geraldo José Costa, de Elói
Mendes, aguarda o mês de março para fazer a
colheita da soja. Mas a cultura, que vem se
expandindo na região, teve um plantio
diferente do convencional. No sítio dele, a
oleaginosa é cultivada em consórcio com a
lavoura de café. Desde o início, esse
“casamento”, que começou há seis anos, vem
trazendo bons resultados para o agricultor
familiar, inspirando outros produtores
locais a adotar o mesmo sistema.
O agricultor
possui três pequenas propriedades (Santo
Expedito, Córrego das Pedras e Boa Vista),
localizadas na comunidade Barra, com 13
hectares de lavoura de café no total.
Atualmente, sete hectares dos cafezais
também são usados para o cultivo de soja.
“Entre uma rua e outra de café, que tem
cerca de 3,5 metros, você planta duas ou
três linhas de soja, numa distância de cerca
de 50 centímetros uma da outra. Assim, o
produtor planta a soja no meio do cafezal,
sem inviabilizar a passagem de tratores pela
lavoura”, explica o extensionista da Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Jesus
Messias de Souza.
Renda extra
O cultivo consorciado de café e soja oferece
várias vantagens, sendo a principal delas
gerar ao produtor mais uma fonte de renda.
“A colheita da soja acontece em março, uma
época que o cafeicultor já está
descapitalizado e ainda precisa arrumar
dinheiro para a colheita do café, que é um
grande gasto. Então o dinheiro, que entra da
venda da soja, vem em muito boa hora”, conta
Geraldo.
O agricultor lembra ainda que, no Sul de
Minas, a cafeicultura vem sofrendo bastante
nos últimos anos com problemas climáticos
como secas e geadas. “A soja é um bom
negócio, pois ajuda o produtor a se recompor
financeiramente em caso de perdas no cafezal
e nas baixas fortes do preço da bebida”,
argumenta. Em 2022, Geraldo colheu 200 sacos
de soja, comercializados na região por cerca
de R$ 180 cada. A expectativa este ano é
repetir essa quantidade.
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Melhoria do
solo
O técnico da Emater-MG também vê benefícios
no consórcio para a lavoura de café. “A
cultura da soja melhora as condições do
solo, disponibilizando nitrogênio para o
cafeeiro. Além disso, o produtor reduz os
custos com o manejo do mato nas ruas do
cafezal, que passa a abrigar a soja”,
destaca o extensionista.
A desvantagem, segundo Jesus, é que a
colheita exige muita mão de obra. “Já
existem equipamentos (de alto custo), mas na
comunidade da Barra, a colheita é feita com
roçadeira manual e o beneficiamento com
batedeira de cereais. A mão de obra é toda
familiar e é um serviço pesado”, explica.
Outro ponto de atenção é evitar o plantio da
soja em cafezais adensados, pois a
oleaginosa pode abafar o café.
Geraldo é presidente da Associação de
Produtores da Comunidade, cujos
participantes se reúnem uma vez por mês para
trocar experiências. Motivados pelos bons
resultados obtidos por Geraldo, em 2021,
outros 15 produtores resolveram plantar soja
consorciada com café. Atualmente, a
estimativa é que haja na comunidade
aproximadamente 50 hectares cultivados no
modo consorciado.
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