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07/09/2023
Espécie
ameaçada de extinção, macaco bugio-ruivo é resgatado no Sul
de Minas
tpower.com.br

Foto IEF
Um macaco bugio-ruivo (Alouatta
guariba) foi resgado na mata de um bairro residencial em São
Lourenço, no Sul de Minas, nesta semana. A ação teve como
objetivo a preservação da espécie, que é nativa da Mata
Atlântica e encontra-se ameaçada de extinção em Minas e no
mundo.
Há três meses, o animal apareceu no local e muitos moradores
se sentiram amedrontados. Na semana passada, o Comitê de
Acompanhamento do Programa de Manejo Populacional de
Alouatta guariba, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do qual o Instituto
Estadual de Florestas (IEF) faz parte, foi acionado para
remover a espécie do local.
"As pessoas estavam receosas e reclamavam que o animal
começou a entrar nas casas, a rasgar cortinas e a pegar
comida. Além disso, ele passou a se deslocar para áreas mais
movimentadas da cidade, tornando a convivência um risco para
ele", comenta a veterinária e analista ambiental do Núcleo
de Biodiversidade do IEF, da Regional Sul de Minas, Danielle
Andery.
Segundo ela, a captura de um animal silvestre, como o bugio,
só ocorre quando há uma justificativa. "Sempre pedimos às
pessoas que coexistam com esses animais, sem oferecer comida
ou abrigo a eles. Essa convivência harmoniosa entre os seres
vivos é importante para a biodiversidade. No entanto, no
caso de São Lourenço, onde muitos moradores começaram a se
incomodar com essa presença, vimos que havia risco para o
espécime e fomos capturá-la."
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Resgate
O resgate foi feito em parceria com Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Para retirá-lo da mata, a veterinária, em parceria com o
veterinário do Ibama, Daniel Vilela, usou a vocalização
emitida pelo próprio animal, registrado em vídeo pelos
moradores. "Com o vídeo em que ele emitia o som, conseguimos
atraí-lo e ele se aproximou facilmente de nós. Usamos um
rifle com dardos de sedativos e o capturamos. Logo em
seguida, aplicamos uma medicação para reverter os efeitos do
anestésico", conta.
Foram realizados exames de sangue no macaco, a pedido das
autoridades de saúde, para controle da febre amarela. Ele
foi encaminhado para o Hospital Veterinário da Universidade
Federal de Lavras (Ufla), onde será avaliado. Cabe ao Centro
de Primatologia do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) decidir sobre o destino do animal,
que pode variar desde a soltura até a inclusão dele em algum
programa de reprodução da espécie.
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