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tpower | 16/09/2021

15/09/2021

 

Busto do Padre Antonio Picinini é furtado no cemitério de Paraguaçu


 




 

Um fato inusitado ocorreu no cemitério de Paraguaçu nesta semana e deixou a população estarrecida. O  busto do falecido Padre Antônio Picinini, foi furtado de sua sepultura. 


Segundo a Polícia Militar que teve conhecimento do ocorrido na tarde desta quarta-feira (15), um funcionário do cemitério que percebeu a ausência da imagem do Padre.


Ainda de acordo com a PM, acredita-se que o furto ocorreu entre a noite de segunda-feira (13/09) e a madrugada desta terça-feira (14/09). O caso está sendo investigado.

 

Biografia*

 

 

Antônio Piccinini nasceu na cidade de Galiciano, província de Luca, na Itália, no dia 23 de agosto de 1868.


Ordenou-se em 21 de abril de 1891 em Florença-Itália, onde permaneceu durante seis anos, vindo para o Brasil em 1897. Sua primeira paróquia foi em Cabo Verde, durante seis anos. Posteriormente foi transferido para Cachoeira de Minas, onde ficou por cinco anos e em Borda da Mata ficou por três anos.


Chegou em Paraguaçu, em 02 de abril de 1910 e ficou até o seu falecimento, ocorrido em 21 de junho de 1953, aos 85 anos de idade. Durante este período, ausentou-se apenas duas vezes da cidade, sendo ambas para visitar os pais que estavam doentes na Itália.


Durante os quarenta e três anos em que viveu em Paraguaçu como pároco, ocupou diversos cargos públicos: inspetor escolar, vereador, vice-prefeito e prefeito substituto.


Padre Piccinini morou no Hotel Alvarenga, e nos últimos anos passou a residir na Casa Paroquial, construída pelo Monsenhor José Antônio Panucci. Muito estimado por todas as classes sociais, era sempre escolhido para paraninfo dos concluintes dos estabelecimentos de ensino. Nas duas vezes que retornou de suas idas à Itália, foi recebido com calorosas manifestações de carinho por parte da população.


Sempre realizou o Mês de Maria com muito gosto, alegrando crianças e adultos. Nos ofícios de réquiem, padre Piccinini, que possuía bela voz, cantava com tanto sentimento que os participantes choravam de emoção.


Pobre, por desprendimento de coisas materiais, custeava estudos de alunos necessitados. Orador eloquente, era sempre convidado para falar em festas religiosas de outras paróquias, mas em Paraguaçu, poucas vezes falava nas homilias, de missas dominicais, celebrando mensalmente missa no nosso distrito de Guaipava. Nas horas vagas pescava no Rio Sapucaí.


Exemplo de bondade e desprendimento, marcou a história de Paraguaçu, e como homenagem dos seus paroquianos que nunca o esqueceram, uma grande escola e uma extensa rua na cidade, são denominadas com seu nome.

 

 

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*Fonte: História de Paraguaçu

 

 

 

 

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